Ontem as pessoas viram minh’ alma
Ela saiu de mim e vomitou sentimentos
A sala quadrada era uma enorme roda girante
Redonda e nauseante
E eu implorava pra sair dali
Ontem as pessoas viram minha luz ofuscada
O meu corpo tremia e minha alma gritava
O desconhecido aterrorizava o meu ser
Monstro de mãos enormes me sufocava
E minh’alma incontida nadava solta num rio de lágrimas
Ontem sai do aquário e fui catar pedaços de mim
Encontrei uma menina que dizia mamãe
Ela tinha uma boneca quebrada debaixo do braço
Um lençol rasgado com cheiro de mato
E os pés descalços
Juntei os meus pedaços
O chão era frio e refletiu um rosto de mulher
E a mulher gritava mamãe
E a mulher era uma menina
E a menina era eu.
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