A claridade da manhã me ofusca.
O meu cérebro fica cada vez mais resistente aos remédios.
Penso, penso, penso.
Quanto mais penso, mais me perco.
Mais me sinto longe da humanidade.
Quando saio, observo as pessoas transitando e me sinto transparente ou como se estivesse fazendo parte de um filme no qual eu fosse a única espectadora.
Observo tudo e todos.
É tudo muito igual.
Os trajes, as manias.
Todos agora andam com seus fones de ouvidos como robôs.
Mesmos se quisessem não perceberiam que são observados.
Observo os jovens.
Na minha época de adolescência fazíamos a maior algazarra nos ônibus.
Será que também tomam rivotril?
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