Não, ainda não,
tem gente que sonha alegria e busca amor
Tem gente ao teu lado, gente que nunca mais voltará e gente pra chegar.
O mundo dá voltas, criaturas mudam de posição
Não, ainda não é hora de parar,
recolher os trapos, fechar cortinas, virar as costas, deixar o palco.
Tem gente que ainda curte Elis, Vinícius de Moraes, noites de lua cheia,
viajar, descobrir lugares bonitos, ler bons livros.
Tem gente que se encanta com arte, adora cinema e teatro, dançar e cantar.
Ainda não é hora de tirar os sapatos,
caminhos serão percorridos.
O Sábio que te guia, há de mudar convicções e apagar mágoas.
Reverter o caminho das águas.
Maria Maria
"Ela tem um dom, uma certa magia, uma força que nos alerta; Uma mulher que merece viver e amar como outra qualquer do planeta...
Ela é a dose mais forte e lenta, de uma gente que ri quando deve chorar, e não vive, apenas aguenta...
Ela tem força, raça, gana, manha, graça e sonho, e mistura a dor e a alegria...
Ela traz na pele essa marca e possui a estranha mania de ter fé na vida"
(Milton Nascimento)
14/03/2010
Ela é a dose mais forte e lenta, de uma gente que ri quando deve chorar, e não vive, apenas aguenta...
Ela tem força, raça, gana, manha, graça e sonho, e mistura a dor e a alegria...
Ela traz na pele essa marca e possui a estranha mania de ter fé na vida"
(Milton Nascimento)
14/03/2010
sexta-feira, 29 de outubro de 2010
terça-feira, 5 de outubro de 2010
CONSTATAÇÃO
No dia em que te conheci , cabias em meus braços,
sugavas meus seios, e não vivias sem mim.
A tua atenção era toda só pra mim, o teu olhar me seguia ávido, a minha voz te acalmava,
eu pegava a tua mãozinha, e te dizia sorrindo: mamãe está aqui!
Eu me sentia tua rainha e tu eras meu príncipe encantado de cabelos cor de sol.
Um dia eu tive que ficar algumas horas longe de ti,
Tu choravas inconformado, e eu saia pelas ruas desesperada, pensava em abandonar tudo por ti.
Era a primeira vez que nos separávamos.
O tempo foi passando e as horas que passávamos separados, iam aumentando.
De volta para casa, eu compensava minha ausência com muito amor, e ao te pegar no colo falava da minha saudade e da minha dor por ter que sair todos os dias e não poder estar todo o tempo do mundo junto a ti.
Tu eras tão inocente, brincavas comigo e eu me sentia perdoada e compreendida por ti.
Te ensinava a falar, a andar, a escrever, a comer e a amar.
Tu não paravas de crescer e o meu amor por ti nunca diminuía, só aumentava, só crescia!
As minhas preocupações por ti nunca diminuíam, só aumentavam, só cresciam!
Quando tu adoecias, eu não dormia, e quando saravas, eu sorria.
E tu crescias, crescias, crescias...
Aos poucos não era eu quem ia, mas tu que saias,
As minhas noites eram de angústia, eu te queria de volta logo, íntegro, inteiro, seguro.
Mas tu já não cabias em meus braços,
estavas se distanciando de mim, e eu pouco te via.
Mesmo assim, sempre que me procuravas eu estava pronta pra te ajudar, pra conversar, pra te aconselhar.
Tentava compreender o teu mundo, tentava te cativar e ser importante para ti,
não só nas horas em que precisavas de mim, eu também carecia muito de ti!
Não convinha mais te conduzir, apenas te esperar.
Hoje não sei quase nada de ti,
os nossos laços nos sufocaram,
a dor sangra em meu peito,
a minha alma sofre impotente,
a minha mente me tortura pelas falhas que cometi,
constato com tristeza que sou bem mais útil longe, bem longe de ti.
sugavas meus seios, e não vivias sem mim.
A tua atenção era toda só pra mim, o teu olhar me seguia ávido, a minha voz te acalmava,
eu pegava a tua mãozinha, e te dizia sorrindo: mamãe está aqui!
Eu me sentia tua rainha e tu eras meu príncipe encantado de cabelos cor de sol.
Um dia eu tive que ficar algumas horas longe de ti,
Tu choravas inconformado, e eu saia pelas ruas desesperada, pensava em abandonar tudo por ti.
Era a primeira vez que nos separávamos.
O tempo foi passando e as horas que passávamos separados, iam aumentando.
De volta para casa, eu compensava minha ausência com muito amor, e ao te pegar no colo falava da minha saudade e da minha dor por ter que sair todos os dias e não poder estar todo o tempo do mundo junto a ti.
Tu eras tão inocente, brincavas comigo e eu me sentia perdoada e compreendida por ti.
Te ensinava a falar, a andar, a escrever, a comer e a amar.
Tu não paravas de crescer e o meu amor por ti nunca diminuía, só aumentava, só crescia!
As minhas preocupações por ti nunca diminuíam, só aumentavam, só cresciam!
Quando tu adoecias, eu não dormia, e quando saravas, eu sorria.
E tu crescias, crescias, crescias...
Aos poucos não era eu quem ia, mas tu que saias,
As minhas noites eram de angústia, eu te queria de volta logo, íntegro, inteiro, seguro.
Mas tu já não cabias em meus braços,
estavas se distanciando de mim, e eu pouco te via.
Mesmo assim, sempre que me procuravas eu estava pronta pra te ajudar, pra conversar, pra te aconselhar.
Tentava compreender o teu mundo, tentava te cativar e ser importante para ti,
não só nas horas em que precisavas de mim, eu também carecia muito de ti!
Não convinha mais te conduzir, apenas te esperar.
Hoje não sei quase nada de ti,
os nossos laços nos sufocaram,
a dor sangra em meu peito,
a minha alma sofre impotente,
a minha mente me tortura pelas falhas que cometi,
constato com tristeza que sou bem mais útil longe, bem longe de ti.
sábado, 2 de outubro de 2010
VESTIDO VERDE-ÁGUA
Era o último dia de 2009. Estávamos num condomínio fechado localizado num bairro perto da sua casa. Era um lugar bonito, simples, e agradável. Em todos os prédios ouvia-se a alegria de famílias reunidas ao som de suas músicas preferidas, mesinhas arrumadas com petiscos, refrigerantes, bebidas. Os homens faziam churrascos, as mulheres traziam pratos bem decorados para compor as mesas. As crianças brincavam com suas roupas novas de final de ano, e todos conversavam em voz alta. O som de músicas variadas vinham de todos os lugares, misturando-se com vozes e fogos de artifício que anunciavam um novo ano que chegaria dentro de poucas horas.
A sua família que tão bem me recebeu fazia parte desse quadro. Todos estavam alegres e surpresos com nossa presença, e o seu querido avô, me tratou de uma forma muito especial quando chegamos, dedicando toda a sua atenção para nós. Seu Olímpio, aos oitenta e tantos anos de idade parecia uma criança feliz a se sentir amado e com certeza, vivendo intensamente aqueles momentos de confraternização ao redor dos filhos, genros, netos e amigos. Num certo momento ele me chamou para dançar e você olhava para nós dois com admiração e um sorriso lindo nos lábios.
Você cuidava de mim, literalmente.
Me observava o tempo todo e demonstrava uma certa preocupação em fazer sempre o melhor para que eu me sentisse à vontade. Fazia carinho em minhas mãos, e de vez em quando perguntava se estava tudo bem comigo. Me chamou para dar umas voltas em torno do condomínio. Você me conhecia bem e sabia que eu detestava ficar parada por muito tempo. Caminhamos abraçados, e num banquinho embaixo de uma árvore sentamos de mãos dadas. Conversamos bobagens e eu acendi um cigarro. Observei a fumaça olhando para o céu de final de ano. Era um céu anil cheio de estrelas. Como eu queria que naquele momento, alguma estrela me avisasse que seria um dos nossos últimos momentos juntos. Eu pediria por tudo, que tudo fosse congelado, ali, naquele momento de paz entre nós. Pediria a DEUS, aos anjos, às estrelas, ao céu e a você.
Mas eu não sabia, pelo contrário, achava que estávamos começando uma nova vida juntos, um novo ano juntos, e meu pensamento era só de sonhos e de uma total despreocupação com relação ao futuro do nosso amor. Eu tinha você ali do meu lado e achava que o teria para sempre. Aquelas mãos macias que acariciavam as minhas, me passavam uma segurança tão grande!
A tua voz mansa dizendo do seu amor por mim, o seu corpo tão coladinho ao meu, o seu olhar apaixonado a admirar o vestido verde água que cobria meu corpo só me transmitia amor e paz. Eu me sentia linda, jovem, amada e feliz. Me sentia a pessoa mais importante da sua vida. Desta noite restaram as lembranças o vestido verde-água... e só!
A sua família que tão bem me recebeu fazia parte desse quadro. Todos estavam alegres e surpresos com nossa presença, e o seu querido avô, me tratou de uma forma muito especial quando chegamos, dedicando toda a sua atenção para nós. Seu Olímpio, aos oitenta e tantos anos de idade parecia uma criança feliz a se sentir amado e com certeza, vivendo intensamente aqueles momentos de confraternização ao redor dos filhos, genros, netos e amigos. Num certo momento ele me chamou para dançar e você olhava para nós dois com admiração e um sorriso lindo nos lábios.
Você cuidava de mim, literalmente.
Me observava o tempo todo e demonstrava uma certa preocupação em fazer sempre o melhor para que eu me sentisse à vontade. Fazia carinho em minhas mãos, e de vez em quando perguntava se estava tudo bem comigo. Me chamou para dar umas voltas em torno do condomínio. Você me conhecia bem e sabia que eu detestava ficar parada por muito tempo. Caminhamos abraçados, e num banquinho embaixo de uma árvore sentamos de mãos dadas. Conversamos bobagens e eu acendi um cigarro. Observei a fumaça olhando para o céu de final de ano. Era um céu anil cheio de estrelas. Como eu queria que naquele momento, alguma estrela me avisasse que seria um dos nossos últimos momentos juntos. Eu pediria por tudo, que tudo fosse congelado, ali, naquele momento de paz entre nós. Pediria a DEUS, aos anjos, às estrelas, ao céu e a você.
Mas eu não sabia, pelo contrário, achava que estávamos começando uma nova vida juntos, um novo ano juntos, e meu pensamento era só de sonhos e de uma total despreocupação com relação ao futuro do nosso amor. Eu tinha você ali do meu lado e achava que o teria para sempre. Aquelas mãos macias que acariciavam as minhas, me passavam uma segurança tão grande!
A tua voz mansa dizendo do seu amor por mim, o seu corpo tão coladinho ao meu, o seu olhar apaixonado a admirar o vestido verde água que cobria meu corpo só me transmitia amor e paz. Eu me sentia linda, jovem, amada e feliz. Me sentia a pessoa mais importante da sua vida. Desta noite restaram as lembranças o vestido verde-água... e só!
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