Maria Maria
"Ela tem um dom, uma certa magia, uma força que nos alerta; Uma mulher que merece viver e amar como outra qualquer do planeta...
Ela é a dose mais forte e lenta, de uma gente que ri quando deve chorar, e não vive, apenas aguenta...
Ela tem força, raça, gana, manha, graça e sonho, e mistura a dor e a alegria...
Ela traz na pele essa marca e possui a estranha mania de ter fé na vida"
(Milton Nascimento)
14/03/2010
Ela é a dose mais forte e lenta, de uma gente que ri quando deve chorar, e não vive, apenas aguenta...
Ela tem força, raça, gana, manha, graça e sonho, e mistura a dor e a alegria...
Ela traz na pele essa marca e possui a estranha mania de ter fé na vida"
(Milton Nascimento)
14/03/2010
segunda-feira, 31 de dezembro de 2012
PÁSSARO GIGANTE
Por menor que seja um pássaro,
ele sente-se gigante
por voar livremente
observando lá de cima os homens.
terça-feira, 18 de dezembro de 2012
APOCALIPSE
Sonhei com o apocalipse.
Eu estava no mercado conversando com um vendedor e comprando frutas para a
ceia de natal. O mercado estava agitado, as pessoas corriam à procura da melhor
mercadoria e do melhor preço. Era o Mercado de São José.
De repente todos pararam num silêncio assustador e olharam todos no mesmo
sentido.
Eu também parei e olhei. Fiquei estarrecida. Por trás daquele monumento
que é o Mercado de São José, um enorme arco íris foi se formando com cores
fortes e variadas, nascendo no mar do Cais do Porto para o céu.
E foi subindo, subindo e crescendo, crescendo.
Lindo, colorido, luminoso, enorme.
E tudo em volta dele ficou da cor rosa goiaba. No meio dele surgiu um
presépio iluminado por uma luz prata. Tudo isso acontecia por trás do mercado que
é muito alto, ou seja, aquela imagem tinha proporções enormes e com certeza
estava sendo vista por todos, em qualquer lugar do planeta.
De repente surge um homem.
Ele diz:
Sejam abençoados meus filhos em nome do Nosso Senhor Jesus Cristo.
E tudo sumiu da mesma forma como apareceu.
E o meu celular tocou, era minha filha.
Ela disse sorrindo do
outro lado da linha:
- Mainha, você viu como o apocalipse foi lindo?
Ainda emocionada, sorri
também e disse:
- filha... como Deus é maravilhoso, como ele nos ama!
E acordei.
05:00h – 18/12/2012.
domingo, 16 de dezembro de 2012
IMPOTÊNCIA
Tem frases que ouço e que me comovem profundamente.
As mudanças que desejo fazer em minha vida, reflete diretamente na vida das
pessoas que estão ligadas a mim. Eu conto para elas os meus projetos e elas me
observam com uma disposição passiva. Há alguns dias atrás falando sobre meus
planos, ouvi um lamento e só agora em pensamentos soltos meu coração e minha mente
se dispuseram a fazer o inverso, ouvi-las através do silêncio que imperou em
nosso lar. Interpretar e entender aquele silêncio.
Há uma disposição quase que natural, de olharmos apenas para dentro de
nós mesmos e nunca colocarmo-nos no lugar do outro quando tomamos algumas
decisões.
Inevitavelmente todas as nossas decisões refletem direta ou indiretamente
no outro. Principalmente se “o outro depende de nós”.
Uma vez que a vida é feita de momentos e nem sempre estamos assim,
dispostos de produtivos, deveríamos naturalmente ter perdido esta postura tão
egoísta.
Fiz esse exercício e não foi agradável. Pelo contrário, foi bastante
dolorido.
Numa das nossas conversas no meio da minha empolgação ouvi do meu filho a
seguinte frase:
- Me sinto impotente.
Quantas vezes me senti impotente. Quantas vezes eu quis mudar algo em
minha vida e não saí do canto por pura impotência, medo, ou até mesmo
acomodação.
Da impotência sou catedrática. A impotência é uma corrente que nos
amarra, trava os nossos movimentos mais prementes. É dolorida, bastante
dolorida.
Sofri por meu filho só agora, percorrendo este caminho. Não gostaria de
vê-lo sentir sensações que senti por tantos anos. Não gostaria de ser a
portadora dessa dor que o acomete.
Filho meu... filho que tanto amo.
Quantas vezes ouvi de pessoas e pessoas que eu deveria fazer tais e tais
movimentos em minha vida e eu explicava mil vezes que não dava, que não era
possível naquele momento e não era compreendida, uma vez que, para as pessoas, era
tudo tão simples, tão viável e para mim irrealizável. Não é à toa que me
afastei de tanta gente “competente”.
Este afastamento foi uma das atitudes mais acertadas dos últimos tempos e
posso dizer até madura. Eu não quero dar explicações à gente que não faz parte
diretamente da minha vida pessoal. NUNCA MAIS!
Dar e dar explicações para mim, hoje é um sinal de insegurança,
imaturidade, e algo totalmente desnecessário, uma vez que, na hora H somos nós
que assumimos erros e acertos conseqüentes das nossas decisões.
Este é o momento muito particular na vida de cada um, em que chega a hora
de ligar o FODAM-SE!
Mas isso só é possível quando nos sentimos totalmente seguros de que
agüentaremos as “pontas” apenas com a força adquirida através das experiências
vivenciadas por nós ao longo de nossas vidas. Este ato exige autonomia e
auto-conhecimento.
Quando nos sentimos fortes, a vigilância é fundamental para não cairmos
no erro de sermos arrogantes e prepotentes.
Independência é uma coisa, prepotência é outra!
E julgar é bem mais fácil que compreender!
O outro está lá: Parado. Preso. Acorrentado. Querendo fazer algo para nos
ajudar e para se ajudar e sente-se impotente.
Se eu quis e não tive a compreensão de amigos quando me sentia
acorrentada, como posso ignorar ou pelo menos tentar compreender a postura do meu
filho? Condená-lo por incompetência e acomodação?
Logo eu que tanto o amo?
sexta-feira, 7 de dezembro de 2012
ACORDO PARA VIVER
01:23h cá estou acordando pra
escrever;
Escrever o que?
Seja lá o que for preciso escrever!
Antes quando eu acordava e ao abrir
os olhos eu escrevia sobre o vazio que eu sentia, eu precisava de alguma forma
expurgar uma angústia inquietante em meu ser.
Era literalmente um vazio de doer.
Uma falta de nada.
Zerada mesmo.
Não pensava no amanhecer, nos finais
de semana, no mês seguinte, no ano seguinte.
Não pensava no futuro.
Não existia futuro.
Existia um presente vazio.
Uma solidão dolorida e já acomodada,
muito bem acomodada em meu ser.
Às vezes eu tomava um calmante pra
poder voltar a dormir logo com medo do amanhecer.
Às vezes colocava um filme, fechava
os olhos e ficava ouvindo vozes para acalentar a minha solidão.
Não importava o filme, as vozes sim.
Eu me concentrava nas vozes e
adormecia com a TV ligada.
A TV acalenta o sono de pessoas
solitárias.
Hoje abro os olhos e imediatamente
penso em viver.
Penso quantos dias faltam para estar
em tal lugar, vivenciando algo devidamente planejado.
Escrevo agora por puro prazer.
Sinto todo o meu cérebro, meu corpo,
minha alma, tudo, tudo está absolutamente preenchido.
Preenchido de vida e de sonhos para o
futuro.
Pensar agora é planejar momentos de
paz absoluta, de calmaria, de alegria, de harmonia espiritual, e amor.
Sinto-me especial.
Linda!
Sinto-me lúcida, convicta, cautelosa,
forte e segura.
O meu semblante hoje transmite uma
segurança mágica.
Olho para espelho e sorrio.
Gosto da imagem que reflete uma
mulher madura e feliz aos 50 anos.
Não posso sentir falta da juventude
se antes eu era pássaro perdido vagando em horizontes sem fim.
Sinto-me agraciada pela vida. Encontrei
meu ninho.
Hoje encaro a vida de forma surpreendentemente
diferente.
Sem preconceitos, sem julgamentos.
Sinto-me serena, pacificadora, preocupada
com o que realmente importa: a humanidade, a sociedade, o bem estar do meu próximo,
e claro, o meu bem estar.
Sinto-me além do presente. Acredito
num futuro de grandes e belas novidades!
A juventude perdura em mim e não
obedece à cronologia do tempo de vida física.
O meu espírito faz o caminho
diferente do meu físico.
Um vai o outro volta.
Tenho energia para fazer coisas e
coisas e coisas.
Agora só absorvo como verdadeiro tudo
que me trouxer alegria.
Lágrimas só de emoção!
Confio em mim plenamente.
Uma confiança adquirida através de tudo
que vivi, que me fez sofrer e que foi superado através da minha força interior.
Tudo está perfeito.
No seu devido lugar, embora não
pareça, mas está!
Sinto-me agraciada pela vida e por
tudo que conquistei.
Cada lágrima e cada sorriso valem à
pena.
5/12/12
17:47h
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